Os povos indígenas tem um papel essencial na preservação da floresta
Amazônica e de outros ecossistemas críticos para o equilíbrio climático.
Esse papel crucial é frequentemente ameaçado pela atuação de grandes
empresas, cujas atividades podem ter enormes impactos no meio ambiente
e na vida dos povos tradicionais. Estas empresas são favorecidas por
governos, mas também por grandes corporações internacionais, que ao
invés de defender a Amazônia e as comunidades que a protegem, são, na
maioria das vezes, cúmplices na sua destruição.
Para romper o ciclo de cumplicidade e responsabilizar os atores
corporativos e financeiros por trás desta devastação, em 2018, a
organização não governamental com sede nos Estados Unidos, Amazon Watch,
criou o projeto Cumplicidade na Destruição (CID). O primeiro relatório,
lançado no mesmo ano, foi acompanhado de campanhas de comunicação e de
ações de incidência voltadas especialmente para o público internacional,
nos países onde a maior parte dessas corporações tem sede.
A partir de 2019, o projeto foi ampliado pela parceria com a Articulação
dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que abraçou a iniciativa e hoje é
co-autora da série de relatórios Cumplicidade na Destruição, e líder nas
campanhas de comunicação e de incidência junto a empresas e financiadores
internacionais, ao lado da Amazon Watch.
Os relatórios reunidos nesta plataforma divulgam dados que demonstram os
vínculos financeiros entre as corporações internacionais e as empresas em
diversos setores, como o agronegócio, as indústrias extrativas e os grandes
projetos de infraestrutura, que estão contribuindo para a destruição da
Amazônia e a violação dos direitos humanos.